S. - J. J. Abrams e Doug Dorst

5 de fevereiro de 2016
Imagem: Leitores Possessivos
E no último dia da #SemanaS, vou contar pra vocês o que achei da história de J. J. Abrams e Doug Dorst.

Se vocês estão acompanhando as postagens e/ou se já viu um exemplar de S. pessoalmente, sabe que a edição tem um trabalho primoroso e que enche os olhos. Mas claro, a história tem que estar à altura, não basta o livro ser apenas "bonitinho" (apesar de ser uma admiradora de boas capas e livros de capa dura).

Será que S. atende as altas expectativas e acompanha seu trabalho gráfico?

#SemanaS: Jen, Eric e anotações coloridas
#SemanaS: Percepção Inicial de S.

Não quero atrapalhar a experiência de leitura de ninguém, por isso, pretendo ser breve e falar apenas o necessário. Basicamente, quando o leitor tira S. de dentro da caixa que o compõe, vai se deparar com um livro chamado O Navio de Teseu, de um conceituado (e fictício) autor, V. M. Straka. Esse autor é um mistério, ninguém sabe quem ele é realmente na "vida real", e logo o apresentador do prefácio nos narra sobre a grande contribuição da literatura de Straka.

Na história de O Navio de Teseu, somos apresentados a um protagonista sem memória. E aos poucos ele tem que juntar as peças do quebra-cabeças e descobrir quem é, onde está e seu objetivo. Enquanto isso, Jen e Eric são os responsáveis pelas anotações nas margens do livro, sendo ela uma universitária e ele alguns anos mais velho. O diálogo entre eles começa a se desenrolar sobre o enredo, sobre o mistério envolvendo Straka e os personagens de ONDT e vai evoluindo para vários questionamentos sobre suas próprias vidas.

Particularmente, as anotações me chamaram mais atenção do que a história de ONDT em si, por mais que ela seja misteriosa e carregada de simbolismo. É aquela coisa famosa de "muito mais do que os olhos podem ver". Mas quando você tem as anotações, tenho aquela mesma sensação de quando estou lendo um livro em formato do diário: é como se você se conectasse profundamente com os personagens, pois eles estão revelando a si mesmos e o seu coração. Então, sim, sou uma curiosa natural, e a história de Jen e Eric foi a minha favorita, mesmo com a conexão do diálogo deles com a própria história em si.

Sou da opinião que a cada nova leitura de um mesmo livro, algo novo nos é revelado. Em S., isso se confirma. Quem acompanha J. J. Abrams sabe que uma das suas marcas é deixar um mistério no ar (alguém que gosta de Lost por aí?) e nem todas as respostas são dadas de bandeja. Isso pode irritar a alguns, outros gostam da sensação de ser sempre testado e poder questionar o legado do autor.

Com S., todas as possibilidades são exploradas, seja para descobrir pistas nas entrelinhas de O Navio de Teseu, seja para nos conectar com os personagens Jen e Eric. As infinitas possibilidades que o livro me traz é que me faz considerar S. um ótimo livro, à altura de edição, respondendo a pergunta lá no início. ;)



Título: S.
Título Original: S.
Autor: J. J. Abrams e Doug Dorst
Páginas: 472
Tradutor: Alexandre Martins e Alexandre Raposo
Data de Publicação: 2015
Editora: Intrínseca
Idioma: Português
Gênero: Ficção - Romance
ISBN: 978-85-8057-556-9

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2 comentários :

  1. Eu adoro livro que deixa questionamentos no ar.Esse tem uma capa maravilhosa!Concordo que a capa não é tudo,mas é sempre bom ter um livro bonito <3

    Poesia em Transe

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  2. Tenho buscado novos romances para conhecer, mas dificilmente encontro identificação com as histórias. Essa parece bem promissora. Está anotado aqui no meu caderninho.

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