#12mesesdePoe: Janeiro com Ligéia

31 de janeiro de 2016


Olá, pessoal!
Então já passamos do mês de janeiro. A proposta, como foi falado no post de apresentação, é de ler pelo menos um conto do Poe por mês. A Anna, criadora do projeto, sugeriu os contos a serem lidos, conforme a figura abaixo, mas como não é uma lista inflexível, acabei escolhendo um outro para leitura. Na verdade, acabei escolhendo o conto de Novembro, Ligéia.



Ligéia (1838)
O livro "Histórias Extraordinárias", edição da Companhia de Bolso (da Companhia das Letras) reúne uma seleção e apresentação de José Paulo Paes, que é inclusive, o tradutor da obra. Começo dizendo que a contextualização do José Paes é ótima, então recomendo que o leitor leia a apresentação antes de começar a ler os contos. Ele dá um bom panorama da época de publicação dos contos e um breve resumo da vida de Poe, o que ajuda a esclarecer o tipo de leitura que devemos esperar.


Como eu comentei no post de 5 autores que quero conhecer em 2016, Poe já era um autor que eu deveria conhecer há tempos, o projeto ajudou para que isso acontecesse mais breve que o previsto. A referência e legado cultural que Edgar Allan Poe deixou é fascinante, e agora, conhecendo um pouco de sua obra, tenho a certeza que deveria ter feito isso antes.

Como se tratam de contos, não tem muito como se estender. Ligéia nos apresenta a um narrador sem nome, que relata sua dor pela ausência do seu amor verdadeiro. Várias e várias frases são destinadas à descrição desse amor. Na verdade, no início da leitura tive um certo estranhamento com isso. O excesso descritivo é uma característica marcante desse conto, e já podemos perceber o jogo de palavras sombrio de Poe. Ele narra a beleza incomum de Ligéia, destacando seus cabelos cacheados e negros como um corvo.

Mais descrições de Ligéia e lembranças de sua convivência com ela vem à tona, e depois de lamentar-se pela perda da esposa, o narrador descreve seu novo casamento, agora na Inglaterra. O casamento com Rowena, por sua vez, é marcado pela ausência de amor, doença e alucinações. Mas pra mim não fica claro o que é real e o que é da cabeça do narrador, uma vez que ele passa a maior parte do tempo "chapado" de ópio, como forma de amenizar sua dor.

Sinceramente, tudo pareceu muito complexo para mim. Não estou acostumada ao estilo do autor, e sei que existem muitas camadas a serem descobertas ainda no conto. Eu sou leiga, claro, mas na internet é possível ver várias análises interessantes sobre o que representa o conto, a questão de vida e morte, luz e trevas. Achei bem peculiar e me chamou atenção. No fim, mesmo com sua complexidade, aproveitei a leitura.

E então? Alguém está participando do projeto? Já leu algo do Poe? Deixe nos comentários sua opinião ;)
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