Depois de muito protelar, vim falar com vocês sobre uma das maiores decepções literárias do ano! Meg Rosoff é autora de alguns livros já publicados pela Galera Record, voltados para o público bem infantojuvenil mesmo: Minha Vida Agora e Se Alguma Vez... Esse segundo, em particular, é muito muito ruim (e confuso!). Porém, resolvi dar mais uma chance para autora.
No Início Não Havia Bob me chamou atenção pela premissa: E se Deus fosse um adolescente? Daqueles bem mimados e e entediados com a vida? Pois é, eu queria ver onde isso ia dar, e infelizmente, não conseguiu evoluir muito mais do que uma caminhada até a esquina de casa! :(
Sobre a história: como comentei brevemente ali em cima, Bob é Deus. E um deus adolescente, que está na fase "hormônios à flor da pele". Bob está acostumado a "pegar" algumas humanas e logo perder o interesse por elas. Até conhecer Lucy. Ele acredita que está perdidamente apaixonado dessa vez, e Lucy vira tudo o que ele deseja. Estar com ela torna-se seu objetivo. E a Terra e a necessidade de seus habitantes ficam "deixadas de lado" por causa disso.
Achei a ideia boa, mas a maneira que a autora escolheu para desenvolvê-la não funcionou. Ela poderia ter feito uma abordagem diferente sobre escolhas e suas consequências, algo como o filme do Jim Carrey, onde Deus tira férias por um tempo e Jim fica com os poderes do Criador em suas mãos. Se ela tivesse escolhido essa abordagem mais cômica, talvez o livro tivesse funcionado melhor. Ela até tentou umas piadinhas ácidas, mas acho que elas não de adaptam muito à realidade brasileira, então ficaram sem graça. Talvez a tradução também tenha ajudado nesse ponto, a perder o "timing" das piadinhas.
O personagem que achei que foi mal aproveitado foi o Sr. B, uma espécie de assistente de Deus. Ele poderia ter sido melhor aproveitado, com sua rabugice. Mas infelizmente com o plot "Deus e Lucy", ele ficou de lado. Uma pena! Não tenho muito a acrescentar sobre Lucy, somente dizer o óbvio que ela é uma "humana normal", jovem, que chamou atenção do Todo-Poderoso.
No Início Não Havia Bob foi minha última tentativa com a Meg Rosoff. Realmente sua escrita não funciona para mim. Apesar das ideias boas, a execução fica a desejar. Foi assim com Minha Vida Agora e agora com esse. E sim, a capa é bonitinha, mas apenas isso.
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