Ela não é Invisível me chamou atenção pela capa. Essa silhueta feminina sempre me lembra os livros da Jane Austen. Acho que a Galera Record acertou em manter a capa (que é a mesma da edição da britânica).
De qualquer forma, esqueça o romance: Ela não é invisível é, sobretudo, sobre coincidências da vida! E de certa forma, a escrita do Marcus me lembrou um pouco a do David Levithan em Todo Dia, então podem considerar isso algo bom!
O plot fica por conta do estranho caso de um caderno do pai deles, que supostamente está em NY, quando o pai deveria estar em outro país que não os EUA. Além de estar em um local que não deveria, o mistério é ainda maior pois o pai geralmente não se separa de suas anotações, nunca, nunquinha. Mesmo com todas as dificuldades, Laureth resolve investigar e descobrir o porquê do e-mail informando o "paradeiro" do caderno, e principalmente, saber onde está seu pai.
Essa foi minha primeira experiência com a escrita do Marcus, e apesar de várias pessoas comentarem que outros livros do autor são melhores (existe uma série juvenil do autor publicada pela Fundamento), considerei a escrita bem gostosa. O livro se passa em uma ótima velocidade.
Ben, pra mim, ganha a cena. O garoto de apenas 7 anos, é inteligente e sagaz. E um alívio para sua irmã. A narrativa de Laureth não deixa a desejar, nos mostrando o mundo de sua forma, suas dificuldades, medos e anseios. Algumas passagens são bem bonitas.
O autor conseguiu paralelizar as histórias que envolvem o livro, por isso o achei bem dinâmico. Os trechos do pai deles também ajuda nessa fluidez. Curtinho, com ação na medida certa, e várias cenas sensíveis, recomendo Ela não é invisível para quem quer buscar uma história sobre entender as outras pessoas, e aprender a nos colocar no lugar do outro.
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