Hoje venho falar com vocês sobre o novo suspense policial lançado pela Intrínseca, Galveston. Ele é assinado pelo criador da série da HBO, True Detective. Nic Pizzolattoe narra a conturbada história do matador de aluguel Roy Cande. Diagnosticado com câncer terminal no pulmão, ele é obrigado a fugir de sua cidade pelo seu chefe, que está tendo um caso com sua namorada e o quer fora do caminho. Só que como o ditado diz, vaso ruim não quebra fácil e ele segue em sua fuga até a cidade de Galveston, com a morte seguindo seus passos.
A história gira em torno de Roy, um matador de aluguel quarentão que está com câncer em estágio terminal, sendo traído por sua namorada com o seu chefe e sem ninguém que se importe com a sua vida (ou morte). E no mesmo dia que ele descobre a gravidade do câncer, seu chefe tenta matá-lo para poder ficar em paz com a sua namorada. Sem dúvida alguma Roy esta tendo o pior dia da vida de qualquer pessoa, mas não é como se ele mesmo fosse um bom ser humano.
Ele já havia xingado, batido e até matado muitas pessoas, mas por sorte ou acaso, sobrevive a tentativa de assassinato e se vê fugindo com uma garota que estava presa no local para onde ele havia sido levado para morrer. Por uma "pseudo-redenção" ou medo da solidão no leito de morte, ele a ajuda a fugir e os dois seguem para Galveston.
Esse é um livro bem mais curto do que eu estou acostumado e não sei se por esse motivo achei a história um pouco rasa, mas o que mais me incomodou foi a falta de uma personagem forte e carismática, alguém com quem eu me envolvesse ou por quem eu pudesse torcer. Como o próprio autor já diz nas primeiras páginas, Roy é essencialmente mau, não completamente mau, mas mesmo assim. Rocky, a desconhecida com quem ele acaba fugindo, também tem uma índole ruim, que pode ser justificada por milhões de fatores, mas que não me convenceram. A irmã mais nova de Rocky foi com quem mais me identifiquei, mas ela não foi tão desenvolvida ao ponto de eu me afeiçoar assim e o vilão e chefe de Roy não me pareceu tão diferente assim de todas as outras personagens. Assim, ao terminar a leitura, fiquei com aquela sensação de vazio e de indiferença, pois por mais que o fim tenha sido feliz ou trágico (não contarei, rs), eu não me envolvi o bastante com o que estava acontecendo.
Tirando as personagens rasas, temos a escrita de Pizzolatto, que é densa e envolvente. O leitor se sente na história. Foi um livro que eu li em pouco mais de 3 horas mas que eu me sentia dentro do ambiente, da energia da pesada da narrativa. Você chega a se sentir deprimido pela falta de perspectivas que as personagens encaram e pelo ambiente pungente do Texas. Esse não é o meu tipo de leitura favorita mas conheço diversos amigos que curtem essa sensação e adorariam a experiência de leitura e imersão fornecida por Nic.
A capa mantida pela Intrínseca é bem condizente com o livro. A nota do autor e o fato dele ser roteirista de série, como descriminado na capa e contra capa, já preparam o leitor para o que esperar da história, o que marca mais um ponto positivo para a edição. As escolhas de papel e fonte estão bem confortáveis para a leitura e como o livro é bem fino, ele aguentou bem a experiência de ser lido.
Assim, dou 3 estrelas para esse livro que eu esperava mais, porém não posso dizer que tive uma experiência totalmente ruim com a leitura. Indico para todos que gostam da mistura de drama com suspense policial envolvido por um clima mais pesado e denso. E que não se importam muito com construção de personagens.
A história gira em torno de Roy, um matador de aluguel quarentão que está com câncer em estágio terminal, sendo traído por sua namorada com o seu chefe e sem ninguém que se importe com a sua vida (ou morte). E no mesmo dia que ele descobre a gravidade do câncer, seu chefe tenta matá-lo para poder ficar em paz com a sua namorada. Sem dúvida alguma Roy esta tendo o pior dia da vida de qualquer pessoa, mas não é como se ele mesmo fosse um bom ser humano.
Ele já havia xingado, batido e até matado muitas pessoas, mas por sorte ou acaso, sobrevive a tentativa de assassinato e se vê fugindo com uma garota que estava presa no local para onde ele havia sido levado para morrer. Por uma "pseudo-redenção" ou medo da solidão no leito de morte, ele a ajuda a fugir e os dois seguem para Galveston.
Esse é um livro bem mais curto do que eu estou acostumado e não sei se por esse motivo achei a história um pouco rasa, mas o que mais me incomodou foi a falta de uma personagem forte e carismática, alguém com quem eu me envolvesse ou por quem eu pudesse torcer. Como o próprio autor já diz nas primeiras páginas, Roy é essencialmente mau, não completamente mau, mas mesmo assim. Rocky, a desconhecida com quem ele acaba fugindo, também tem uma índole ruim, que pode ser justificada por milhões de fatores, mas que não me convenceram. A irmã mais nova de Rocky foi com quem mais me identifiquei, mas ela não foi tão desenvolvida ao ponto de eu me afeiçoar assim e o vilão e chefe de Roy não me pareceu tão diferente assim de todas as outras personagens. Assim, ao terminar a leitura, fiquei com aquela sensação de vazio e de indiferença, pois por mais que o fim tenha sido feliz ou trágico (não contarei, rs), eu não me envolvi o bastante com o que estava acontecendo.
Tirando as personagens rasas, temos a escrita de Pizzolatto, que é densa e envolvente. O leitor se sente na história. Foi um livro que eu li em pouco mais de 3 horas mas que eu me sentia dentro do ambiente, da energia da pesada da narrativa. Você chega a se sentir deprimido pela falta de perspectivas que as personagens encaram e pelo ambiente pungente do Texas. Esse não é o meu tipo de leitura favorita mas conheço diversos amigos que curtem essa sensação e adorariam a experiência de leitura e imersão fornecida por Nic.
A capa mantida pela Intrínseca é bem condizente com o livro. A nota do autor e o fato dele ser roteirista de série, como descriminado na capa e contra capa, já preparam o leitor para o que esperar da história, o que marca mais um ponto positivo para a edição. As escolhas de papel e fonte estão bem confortáveis para a leitura e como o livro é bem fino, ele aguentou bem a experiência de ser lido.
Assim, dou 3 estrelas para esse livro que eu esperava mais, porém não posso dizer que tive uma experiência totalmente ruim com a leitura. Indico para todos que gostam da mistura de drama com suspense policial envolvido por um clima mais pesado e denso. E que não se importam muito com construção de personagens.
Título: Galveston
Autor: Nic Pizzolatto
Editora: Intrínseca
N° de Páginas: 240
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