Desde O lado bom da vida leio tudo o que sai pelo Matthew
Quick. Amo o fato de ele saber retratar personagens como ninguém, fazendo o
leitor criar empatia com eles.
Quase uma rockstar também traz uma desses
personagens. Mas muito mais do que me identificar com seus acertos e erros, não
esperava me comover tanto com sua história, e aprender a manter acesa a chama
do otimismo, mesmo quando as situações não são tão favoráveis.
Amber é uma garota de 17 anos que mora com a mãe em um
ônibus escolar. A mãe foi expulsa de casa pelo último namorado e agora as duas
utilizam o meio de transporte (que é usado pela mãe durante o dia para
trabalhar) como “lar” até as coisas se acertarem. Acontece que essa situação se
estende por 3 meses já aproximadamente.
Ela é uma garota que, mesmo com todas as dificuldades (tem
dias que ela passa fome), tenta manter acesa a esperança dentro de si. Ela
participa das atividades da igreja do Padre Chee, que tem origem corena, e
ajuda-o ensinando inglês para um grupo de mulheres, que são as Divas Coreanas
por Cristo (CDPC), através da música. A garota tem um jeito próprio, jovem e
descontraído de exercer a atividade, e as divas a adoram! Além disso, a garota
também participa do grupo de Marketing do senhor Frank da escola, grupo que
possui 5 integrantes, todos especiais à sua forma. Um dos integrantes, Rick, é
autista, filho de Donna. Rick é um gênio da matemática e também tem muito
carinho pelo grupo de Frank. Donna é uma mulher guerreira, que tem origem
humilde e conseguiu, com muita luta, se transformar em uma excelente advogada.
Secretamente, Amber deseja que ela fosse sua mãe verdadeira.
É até complicado e poderia ficar aqui falando de várias personagens
maravilhosas que Matthew criou. O livro é relativamente curto, e poderia pensar
que não teria como o autor desenvolvê-las de forma a nos conectarmos com suas
histórias de vida. Mas em Quase uma Rockstar o contrário ocorre. Mesmo que
rapidamente, Quick cria pessoas tão reais e especiais à sua maneira, que é
simplesmente espetacular. E lindo!
Amber também tem outra atividade extracurricular: visita
velhinhos em uma casa de repouso, todas às quartas-feiras, onde todos ficam ansiosos
pela “batalha” entre a Joan das Antigas e ela. A batalha consiste em uma “luta
verbal” entre elas, onde a vencedora é Joan, se conseguir arrancar lágrimas de
Amber, falando coisas negativas; ou Amber conseguir arrancar um sorriso de
Joan, que é conhecida por seu pessimismo e “maldade” com todos da casa de
repouso. As cenas envolvendo os
velhinhos são tão fofas e comoventes, que não poderia deixar de citá-las.
A adolescente também tem tempo para dedicar ao Soldado
Jackson, um veterano da guerra do Vietnã que ela conhece através de uma
atividade da escola (enviar cartas para veteranos de guerra). De seu jeitinho
especial (e muitas vezes, inconveniente), Amber consegue cativar o soldado. E para mim, é a relação mais bonita do livro.
Enfim, em um certo momento da história, uma situação muito
triste e desagradável ocorre com Amber. Mas para uma pessoa que não precisa ser
“famosa” ou do business show, ela em várias pessoas que a admiram e são suas
amigas, até mesmo fãs. Com Amber, aprendemos que, ter um coração puro e cheio de amor pela
vida, acaba contagiando a todos a seu redor. E a ajuda e apoio vêm, da forma
que cada um pode.
Quase uma Rockstar é uma história que mexeu bastante comigo.
Percebi que o autor teve o cuidado de construir todos os relacionamentos de
forma natural, sem aquela obrigação de “vou te obrigar a chorar” ou “você vai
se emocionar”, mas isso acaba inevitavelmente ocorrendo. Recomendo a leitura,
sem restrições! J
Fiquei bastante interessado, O Lado bom da Vida já tava na minha lista, agora Quase uma Rockstar tbm está. :D
ResponderExcluirSó ouço coisas boas relacionada ao livro, e minha vontade de ler só cresce. Fico feliz que gostou, beijos!
ResponderExcluirhttp://alguns-livros.blogspot.com.br/
Ly
ResponderExcluirestou DOIDA para ler esse livro <3! amo o autor, espero ler em breve, acho que vou amar essa protagonista
beijos