Já tinha um bom tempo que não lia nenhum romance da Nora. Sou mega fã da Série Mortal, onde ela assina como J.D. Robb, mas como o estilo dessa série é totalmente diferenciado dos demais, então não vou levar em conta, hehe.
Eu brinco com alguns amigos e digo que uma dose de Nora se faz necessária pelo menos algumas vezes ao ano. Com enredos nada originais, o seu grande trunfo são os personagens cativantes, humanos e muito, muito bons! E se posso destacar algo espetacular em Ilusões Honestas, é isso: os protagonistas Roxy e Luke ficarão na minha cabeça por um booom tempo.
Ilusões Honestas é um dos romances antigos, ele foi publicado em 1992 e retrata três períodos diferentes de tempo para os personagens. No início, o prefácio me incomodou um pouco, porque eu sabia que algo errado daria na vida dos protagonistas mágicos, Roxy e Luke. Ao finalizar a leitura, cheguei à conclusão de que isso não importava, e sim, o motivo de terem chegado até o ponto daquele prefácio. E, claro, qual seria a solução que a autora daria para consertar as coisas.
Como pano de fundo do enredo, temos a magia. Roxy é filha de Max, um dos melhores mágicos ilusionistas do seu tempo. Desde criança a garota dos cabelos de fogo foi treinada para seguir os passos do pai, se quisesse. Max é um personagem poderoso, cativante e justo com quem ama. Além disso, devido ao seu passado, ele também é um ladrão por hobby. E é assim que identifica o pequeno Luke, e começa a cuidar dele também como filho, reconhecendo no garoto traços de si mesmo, inclusive das violências as quais foi submetido.
Um dos pontos que podem incomodar alguns, e ser uma espécie de tabu – adoraria saber como esse livro foi recebido na época-, é que Roxy e Luke foram criados como irmãos, mas desde adolescentes já haviam percebido a incrível atração sexual entre eles. Só para constar que isso não é spoiler, desde o primeiro momento fica claro que eles iriam se envolver. Mais uma vez, o trunfo de Nora é demonstrar como isso iria acontecer, e por isso, acompanhamos o crescimento de ambos, tanto emocionalmente, como na profissão de mágicos, o que cria também uma ótima tensão e competição entre eles.
Sinceramente, da forma como foi feito, nada me incomodou. Da parte até do próprio Max, ele já via que isso aconteceria. Esse núcleo familiar ficou excelentemente bem construído, e as cenas de roubo vieram agregar ação a história. São todas muito boas e convincentes.
Existe também um certo ‘vilão’ na vida deles e responsável por uma situação que causa um divisor de águas na história de todos. Talvez a única coisa que tenha me incomodado é que esse vilão é bem fraco, mediante os outros, que crescem diante dos nossos olhos. Eu simplesmente senti apatia por ele, nada mais além disso. Se algo me despertou raiva, talvez tenha sido as ações do próprio Luke, que em certo ponto da história comete uma burrice sem tamanhos. Claro que também isso faz parte do “drama Nora de ser”.
Apreciei muito a leitura e devorei as 500 páginas com muita rapidez. Recomendo bastante para quem gosta de personagens bem construídos e reais, e claro, para quem aguenta uma boa dose de drama. Nora sempre me lembra que consegue colocar no chinelo as autoras atuais, em termos de boas descrições de romance e cenas de pegar fogo!
J.D. Robb foi o primeiro contato que tive com a autora. comecei a ler esta série dela (fora de ordem, porque na época eu não sabia que era uma série kkkk) e me apaixonei pela escrita dela!
ResponderExcluirhmmm rola um incesto ai então? hehe
fiquei curiosa pela trama. parece ser excelente, assim como todas as outras obras da autora né hehe
500 páginas? ual! hehe
coloca no chinelo mesmo!!!
fiquei curiosa por esta leitura. ainda não conhecia, mas com certeza vai para a minha lista de desejados. amo a escrita dela! *-*