E 2014 é oficialmente o ano das (boas!) ficções científicas. A vida como ela era é o lançamento de novembro da Bertrand Brasil, e faz parte da série Os Últimos Sobreviventes, que conta com 4 livros.
Confesso que no início eu senti uma certa similaridade com PDM, uma também (ótima) ficção lançada pela Bertrand esse ano, talvez pela linguagem simples e juvenil de ambos. Tirando essa sensação inicial, me vi mergulhada nas páginas e relatos de Miranda, a protagonista desse volume, e como a vida passa a ser diferente depois que um asteroide colide com a Lua, aproximando-a da Terra. E claro, acompanhamos as consequências dessa catástrofe.
Miranda tem 16 anos e fazia uma espécie de diário quando tudo começou...previsto apenas para passar perto da Lua, um asteroide colide com ela. Com o impacto, o astro mais próximo da Terra fica ainda mais perto, causando inúmeros eventos, como tsunamis, vulcões à ativa, etc. Esse primeiro volume acompanha do mês de maio de um ano até março do ano seguinte.
Pode até parecer um enredo meio batido (principalmente porque já foi tão explorado em filmes), mas o grande trunfo desse primeiro livro da série é justamente retratar as pessoas, o comportamento delas, como o ser humano se comporta quando o que está em jogo é a própria sobrevivência.
Além de Miranda, temos sua mãe, Laura, que é uma escritora, e dois irmãos. Completa a família o pai da garota, que não vive mais com eles, e sua nova esposa, que está grávida. De todos os personagens, gostaria de conhecer mais Matt, o irmão mais velho. Pelo menos, através dos relatos de Miranda, ele parece ser um dos personagens mais complexos da trama. Ele é o irmão mais velho que traz conforto à Miranda, e na ausência do pai, o braço direito da mãe.
A figura materna também é um destaque à parte: a forma como a autora conduziu o comportamento da mãe, que fica na linha tênue entre loucura e esperança nesse caso, é sensacional. Ela tem que assumir a responsabilidade de chefe do lar e de prover da melhor forma possível o alimento para os filhos, mesmo em situações extremamente críticas. O mesmo se aplica à Sra. Nesbitt, que conhece Laura desde que nasceu e se tornou uma referência maternal para todos, e mesmo sendo vizinha, foi tratada como família. Aliás, foram poucas as vezes em que não me emocionei quando Miranda retratava os sacrifícios e gentilezas que essa senhorinha fez por todos.
Devo dizer que pelo tamanho do livro, achei que a autora não teria história suficiente para preenchê-lo. Fico contente em saber que errei, e feio. Pelo o que pesquisei, o segundo livro vai focar em um outro personagem, Alex, e no terceiro volume, as histórias irão se cruzar. Fiquei bem empolgada por isso. A Vida como Ela Era, apesar da capa pouco atraente, compensa com uma ótima história apocalíptica, mostrando até aonde as pessoas são capazes de ir quando seus limites são testados.
Oi, Ly! Então, assim que vi a sinopse desse livro já tava o desejando. Mal posso esperar pra ele chegar.
ResponderExcluirEu adoro essas histórias apocalípticas e adorei saber que você gostou, pois tô colocando expectativa para essa leitura. Espero gostar! ;)
E que louco né, no terceiro livro elas se ligarem? Ansioso pra ver no que vai dá!
Italo,
http://www.leitorespossessivos.com.br/
a trama parece ser ótima, mas não me interessa muito
ResponderExcluirna verdade eu prefiro ver este tipo de história em filme do que em livro hahaha
essas coisas me assustam um pouco ;x kkkkk
Gostei do enredo, parece ser uma ótima leitura. Faz tempo que não leio uma ficção científica com essa temática, já inclui na listinha de desejados ;)
ResponderExcluirBeijo,
Naty.