Sangue é o primeiro volume da trilogia O Vampiro de Mércia, lançado esse ano pela Editora Bertrand. Eu estava com alguma expectativa para essa trilogia pelo tema e por sentir, através da sinopse, que os vampiros seriam tratados aqui com mais sobriedade e mais terror.
Me desapontei nesse aspecto. Sangue traz alguns elementos interessantes sim, mas o autor poderia trabalhar com mais ousadia em termos de suspense e terror, e deixar o romance de lado, algo que foi o motivo da trama ter se tornado mediana.
Aqui estamos nós hoje: aparentemente temos a mesma idade, mas você vai envelhecer e morrer, como todos irão morrer, incluindo seus filhos, netos e bisnetos, e, no decorrer de todo esse tempo de vida de todas essas pessoas, eu permanecerei da forma como você me vê agora. Entende? A morte é o pano de fundo em que minha vida é encenada.
Will é o Conde de Mércia, transformado em vampiro há 750 anos. A narrativa é apresentada através de seu ponto de vista, e os seus primeiros capítulos são promissores. Will, nesse primeiro momento, me passou a ideia de que é perigoso e impiedoso, mesmo com sua aparência de 16 anos. Ele acorda e hiberna de tempos e tempos, necessita de sangue para viver, mas refere-se a si mesmo como morto-vivo, nome que acha mais adequado para sua condição.
Ele acaba de acordar de mais um período de hibernação, mas as coisas começam diferente dessa vez. E é aí que a narrativa do Wignall começa a tropeçar. O que deveria ser uma sucessão de fatos sombrios, e com descrições assustadoras no estilo "um ser das trevas está saindo do seu sono profundo e emergindo de sua cripta" é interceptado por descrições simplórias de um adolescente de 16 anos.
Will foi transformado com essa idade, mas ele está vagando há séculos, mesmo com os períodos que passa em sua câmara. Era de se esperar que fosse um "adulto" preso em um corpo adolescente. Senti em certos momentos que estava na cabeça do Edward Cullen (de Crepúsculo). Não que isso seja ruim (talvez alguns achem, enfim), mas não ficou condizente com a proposta que o autor ofereceu em um momento anterior do livro.
Eloise é a mocinha de 16 anos da história. É uma personagem que espero que seja melhor abordada nos próximos livros, caso contrário, não vejo a sua utilidade na trama. O suposto romance que deveria ocorrer com o Will não chega nem perto de criar uma faísca no leitor. Mais uma vez, ficou a impressão que o autor tinha uma ideia inicial, e acabou trocando (ou se perdendo) no caminho.
Como ponto positivo, e o motivo de eu esperar mais do volume 2, Alquimia, é a ambientação. Acredito que o autor acertou nisso, e de alguma forma, me senti transportada para a cidade de Will, e suas buscas para saber sua origem e qual morto-vivo é o seu criador. Aliás, esse foi um furo desse primeiro livro e espero que o autor me traga surpresas em relação a isso: apenas depois de tantos séculos que Will teve curiosidade de saber sobre suas origens? Não antes? Estranho, mas se o autor souber conduzir isso talvez o resultado seja satisfatório.
Vi algumas resenhas negativas, e outras pessoas comentando que abandonaram a leitura. Eu sou do time que, apesar da leitura mediana, aposta nos volumes seguintes. Espero que o autor me surpreenda na próxima.
1 - Sangue (2014)
2 - Alquimia (2014)
3 - Morte (sem previsão de lançamento)
Ele acaba de acordar de mais um período de hibernação, mas as coisas começam diferente dessa vez. E é aí que a narrativa do Wignall começa a tropeçar. O que deveria ser uma sucessão de fatos sombrios, e com descrições assustadoras no estilo "um ser das trevas está saindo do seu sono profundo e emergindo de sua cripta" é interceptado por descrições simplórias de um adolescente de 16 anos.
Will foi transformado com essa idade, mas ele está vagando há séculos, mesmo com os períodos que passa em sua câmara. Era de se esperar que fosse um "adulto" preso em um corpo adolescente. Senti em certos momentos que estava na cabeça do Edward Cullen (de Crepúsculo). Não que isso seja ruim (talvez alguns achem, enfim), mas não ficou condizente com a proposta que o autor ofereceu em um momento anterior do livro.
Eloise é a mocinha de 16 anos da história. É uma personagem que espero que seja melhor abordada nos próximos livros, caso contrário, não vejo a sua utilidade na trama. O suposto romance que deveria ocorrer com o Will não chega nem perto de criar uma faísca no leitor. Mais uma vez, ficou a impressão que o autor tinha uma ideia inicial, e acabou trocando (ou se perdendo) no caminho.
Como ponto positivo, e o motivo de eu esperar mais do volume 2, Alquimia, é a ambientação. Acredito que o autor acertou nisso, e de alguma forma, me senti transportada para a cidade de Will, e suas buscas para saber sua origem e qual morto-vivo é o seu criador. Aliás, esse foi um furo desse primeiro livro e espero que o autor me traga surpresas em relação a isso: apenas depois de tantos séculos que Will teve curiosidade de saber sobre suas origens? Não antes? Estranho, mas se o autor souber conduzir isso talvez o resultado seja satisfatório.
Vi algumas resenhas negativas, e outras pessoas comentando que abandonaram a leitura. Eu sou do time que, apesar da leitura mediana, aposta nos volumes seguintes. Espero que o autor me surpreenda na próxima.
1 - Sangue (2014)
2 - Alquimia (2014)
3 - Morte (sem previsão de lançamento)
Tá ai um livro que eu estava louco pra ler, mas já não estou mais :/ To meio de saco cheio de vampiros romanticos
ResponderExcluirOlá a ideia do livro me parece como vc descreveu, o autor tinha algo em mente dedidiu trocar e acabou se perdendo. Pela a sua resenha parece ter visto um pouco de Crepusculo meio desfarçado e o problema é que quando a leitura nos desaponta fica chata. Mesmo assim vou dar uma olhada, pois gosto muito do tema. Bjos e uma feliz semana.
ResponderExcluirNo piquenique da Galera foi um dos livros que me chamou a atenção... mas, como vc mesma coloca, vi mta gente falando mal e acabei desanimando... Vou acompanhar suas resenhas e, se o segundo melhorar, vou dar uma chance!
ResponderExcluirBeijos
Nica
A única coisa que me chamou a atenção nesse livro foi a capa, que é lindíssima. A história me cheira a mais do mesmo, então nem vou arriscar a leitura.
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