Coração Ardente - Richelle Mead

E chegamos no volume 4 da série Bloodlines, spin off de Academia de Vampiros, o juvenil que fez o nome da autora Richelle Mead. E como de praxe, Richelle adora pregar peças em nossa mente e partir nosso coração entre os volumes 3 e 4. Alguém se lembrou aí de Tocada pelas Sombras? rs.

A situação anda cada vez mais difícil para a alquimista Sydney, ainda mais se tratando de esconder seu relacionamento com Adrian, que é considerado tabu tanto entre os humanos com entre os Morois (vampiros).






Atenção: pode conter spoilers dos volumes anteriores.

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Richelle começa a se aprofundar no assunto das tatuagens e tintas envolvendo os alquimistas, ao mesmo tempo em que Adrian tem grande participação em algumas descobertas do Espírito e em como isso pode ajudar os Dampiros e Morois a enfrentar os Strgoi (os “vampiros maus” do universo criado pela Richelle).

Eu tenho algumas coisas a dizer sobre esse livro: por mais que eu ame o universo criado pela autora e seja fã da série, confesso que Coração Ardente poderia ser reduzido pela metade. Esse recurso que ela usa, de ficar relembrando fatos dos livros anteriores até funciona em determinadas situações, mas quando se está lendo o livro 10 (juntando as duas séries), o leitor já sabe de olhos fechados o que significa ser Alquimista, Moroi, Dampiro, Strigoi, etc. Ela força a barra explicando os conceitos toda hora, e foi um dos itens que mais me aborreceram.

O acerto foram os capítulos intercalados entre o ponto de vista de Adrian e Sydney. Apesar da nossa alquimista estar mais ‘saidinha’ e rebelde, ver as coisas pelos olhos de Adrian é muito mais divertido e foi o que sustentou o livro, ao meu ver. Jill, que eu considerava uma versão em miniatura de Lissa e irritantemente inútil até então, se prova uma melhor personagem do que a Rainha Moroi. Sério, finalmente colocou a cabeça para funcionar e fez coisas úteis. Ter um laço com Adrian deve ter ajudado no final das contas, rs. Angelina agrega bastante ao núcleo ‘comédia’ com suas trapalhadas, apesar do foco ter sido reduzido nessa parte. Temos também um pouco da Corte, incluindo Dimitri e Rose, para alegria de quem está sentindo falta dos queridos Dampiros.

Sobre os rebeldes e as tatuagens, apesar de ter se aprofundando no assunto a autora não avançou o quanto eu esperava, reforçando a idéia que o livro é realmente muito extenso para tratar “apenas” do relacionamento de Sydney e Adrian, por mais que torça e goste muito do casal. A tensão entre eles está maior do que nunca, mas a ação nesse livro ficou realmente em segundo plano.

Sobre Richelle partir o nosso coração: bem, vamos dizer que eu terminei a leitura querendo ter Silver Shadows em minhas mãos (e o fiz, viva a Amazon, rs), e literalmente, fiquei puxando os cabelos de aflição. #RuivaMá

Agora, alguém me explica o motivo desse ser o único título sem ter alguma “cor” envolvida? O título do sexto volume é The Ruby Circle, ou seja, realmente Coração Ardente foi o único sem alguma menção às cores e magia. Conclusão: por mais que eu ame a série, esse foi um livro quase que dispensável, e no final das contas, apenas um elo para o próximo volume, onde a ação realmente vai atingir o seu auge, para então, ser finalizado com The Ruby Circle. Mas, para os mais empolgados para as cenas sensuais, segurem os corações para os capítulos 16 e 17 ;)

Título: Coração Ardente

Autor: Richelle Mead

Editora: Seguinte

N° de Páginas: 416