E então que você se depara com um livro de título curioso. E descobre, lendo brevemente a sinopse, que Frankie é uma menina. Além disso, fica sabendo também que o livro tem internato, hierarquia social escolar, tão presente em livros americanos/ingleses. Só eu que não passei por isso no Ensino Médio? D: Ou era da turma dos nerds (mas que sentavam no fundão e arrasava nas provas, haha <3 <3) e nem percebia os rótulos.
Enfim, voltando ao plot...além dos elementos citados ainda temos SOCIEDADE SECRETA! Quem não ama esse tópico nos livros? Hahaha, eu adoro! <3
"Como uma pessoa se torna a pessoa que ela é? Quais são os fatores de sua cultura, infância, educação, religião, condição financeira, orientação sexual, raça, interações cotidianas – que tipo de estímulos a levam a fazer escolhas que farão com que outras pessoas a odeiem depois?"
Um dos últimos livros que li que continha esse tema foi a
série Sociedade Secreta (da Diana Peterfreund, lançada pela Galera Record),
onde a protagonista é universitária e se vê no meio das ações e brincadeiras de
uma misteriosa e antiga Sociedade Secreta. Aí você me pergunta: “Porque está
comentando sobre o outro livro? Não vamos falar sobre 'O histórico infame?'”.
Calma, eu chego lá. Eu estou comentando isso porque pra mim foi muito difícil
não fazer comparações entre as duas leituras, mesmo sabendo que o livro da
Frankie é um só (?) e a série da Diana são 4 livros. E apesar dos personagens
estarem em faixas etárias um pouco diferentes, gente, tem elementos MUITO
parecidos.
Tirando essa comparação inicial, me dediquei a leitura da
experiência de Frankie em virar, de um ano para o outro, de invisível para
popular por causa de uns centímetros a mais de seios. Achei um pouco forçado
ninguém dos populares notá-la no ano anterior e de repente, a notar por causa
do seu “crescimento físico”, ainda mais que sua irmã, no ano anterior, fazia
parte dos populares. Achei que foi uma forma meio forçada que a autora usou
para já justificar os elementos pelos quais Frankie se revoltaria na escola
(crítica indireta ao machismo e à hierarquia social e tal e tal).
E então nossa protagonista, como falado, fica popular do dia
para a noite, mesmo sendo do segundo ano, devido sua “interação romântica” com
Matt Livingston, um popular do quarto ano, e que faz parte da Leal Ordem dos
Bassês, como sabemos mais pra frente junto com Frankie. Essa sociedade, como
toda boa sociedade secreta, tem brincadeiras e travessuras como tradição desde
1900 e lá vai bolinha, une as pessoas e cria entre elas um vínculo de lealdade
que deve perdurar até depois da formatura, na vida adulta. O problema para
Frankie? É uma sociedade que só aceita homens.
Indignada por seu namorado participar disso e não contar,
claro, para ela, Frankie quer saber cada vez mais. E começa a agir e interferir
no grupo, criando já os atos infames que ficarão para sempre no seu histórico
escolar.
A ideia toda é bem bolada, admito. Mas o que não me manteve
firme na trama, além dos elementos similares à outra série que já citei, e que
na minha opinião, é superior, são os valores e ideais de Frankie durante a
narrativa. Eu sei que ela tem 15 anos e tudo é muito complexo nessa idade.
Temos uma opinião sobre determinado assunto em um momento e no seguinte, uma
totalmente oposta.
Talvez não tenha ficado claro pra mim as reais motivações da
Frankie por ter feito tudo o que fez. Ou eu tenha interpretado de forma errada,
pois não consegui ver esse “girl-power-vou-mudar-o-mundo” como muitos viram
nela. O fato de termos toda a história contada por um narrador oculto, ajuda nisso, pois não estamos dentro da cabeça de Frankie realmente. Ela é uma boa protagonista, com todos os seus acertos e erros, mas, no
fundo, senti que ela fez tudo para que Matt a admirasse, ou seja, em função de
um garoto! E boa parte do livro me irritou
bastante em relação a essa submissão dela, muito embora entenda que o primeiro
amor, hormônios aflorados e essas coisas nos façam não tomar as melhores das
decisões! XD
Título: O Histórico Infame de Frankie Landau-Banks
Autor: E. Lockhart
Editora: Seguinte
N° de Páginas: 344
Skoob
Oi Ly
ResponderExcluirNão gostei muito desse livro também e essa protagonista não me ganhou, chataaaaaaaaaaaa rs
Pior que não entendi como tanta gente pode ter gostado e falar tão bem, não vi nada demais nesse livro..
Beijos
primeira resenha que leio do livro e já começo espantada. Frankie é uma menina?? hmm, tá, esse azul da capa me enganou! hahaha
ResponderExcluira história do livro parece ser ótima. não esperava tudo isso quando lia a sinopse dele... mas esses comentários sobre o final dele me decepcionou e me desanimou para ler =/
Oi, Ly!
ResponderExcluirNossa, eu vi esse livro em algum lugar e de fato achei curioso. Lendo sua resenha, me interessei bastante pelos elementos que ele traz.
Pena que aparentemente a trama não tem a pretensão de fazer o leitor se apaixonar.
Só achei que não parece forçado o fato de Frankie ter se tornado popular por causa dos seios. isso acontece o tempo todo na nossa sociedade hipócrita, infelizmente... Fico até triste de pensar... Talvez seja uma analogia um tanto quanto extrema, mas o fato é que as pessoas em geral vêem as outras com os olhos do corpo, não da alma. E os adolescentes em especial podem ser bem cruéis...
Beijos
Meu Meio Devaneio
Eu achei que a Frankie tinha um girl power nela sim. É comum as inseguranças e tal, mas ela soube segurar as pontas nas piores situações. Acho legal colocar na balança o que ela fez de certo e o que ela fez de errado e ver rs Gostei das atitudes dela e a submissão que ela teve veio junto com o pensamento de "Puxa, tem algo errado aí mas vou tentar levar adiante." Todo tempo vi ela concordando com o namoradinho, mas ao mesmo tempo tendo pensamentos muito coerentes, como no momento que ela pensa em fazer algo insensato mas solta uma fala muito sensata e inteligente. Bom, eu adorei o livro e achei o final digno. Teve um quê de transição de uma menina pra mulher e gostei bastante. E claro, teve o 'that bad girl power I got (8)" que ela usou bem.
ResponderExcluirBeijos
Lucas.
Oi Lygia, eu escutei falar muito desse livro na época da Bienal, mas não tinha entendido bem o lance da Sociedade Secreta.
ResponderExcluirNão curto protagonistas que vivem em função de um garoto (seja ela adolescente ou não). A história parece boa, mas não criarei tantas expectativas.
Mudando de assunto: quero muito ler o livro Sociedade Secreta da Diana Peterfreund.
Beijos!
http://livrosyviagens.blogspot.com.br/