Quando eu falei para vocês sobre os lançamentos da Bertrand (post Novidades #11), O Livro dos Prazeres Proibidos foi um dos que mais me chamou atenção. Com a promessa de ser uma leitura viciante, reunindo sexo, suspense e assassinatos, posso dizer que sim, o livro contém esses elementos e muito mais!
Eu teria até dificuldade em conseguir classificar esse livro por seu gênero. Além de ser um romance histórico com ótima ambientação, o considero como suspense também. E claro, as cenas hots estão presentes, mas de maneira não convencional, como muitos poderiam pensar. Aliás, o que temos em certos capítulos é algo que apela mais para a sensualidade do que o erotismo propriamente dito.
"[...] ao contrário, impunha-se um silêncio feito de dor e tristeza, de medo e estupor. De dor. As velas dos castiçais não ardiam para celebrar os prazeres dionísicos da vida, mas para acompanhar a angústia diante dos inesperados avatares da morte."
Federico Andahazi é o autor que deu vida a esse livro. O escritor argentino traz para o leitor o ano de 1455, época que ocorria vários "manifestos" populares. As casas de prazeres se fazem presentes desde essa época (na verdade, acompanha toda a história da humanidade), mas entre elas temos o peculiar Mosteiro da Sagrada Canastra (sim, você não leu errado. Mosteiro. Para prostitutas. Ótima ironia). Muito mais do que sexo, a arte de dar prazer aos homens é uma espécie de segredo que é passado de geração para geração nesse prostíbulo.
Só que algo aflige o Mosteiro da Sagrada Canastra. Suas prostitutas começam a ser assassinadas, uma de cada vez. O terror e o medo atinge todas, mas o local não pára suas atividades, por mais que as mortes sejam terríveis: as prostitutas são asfixiadas e suas peles são retiradas do corpo, ou seja, são escalpeladas. A pele é levada pelo assassino.
Paralelamente a isso, o leitor é transposto para uma espécie arcaica de tribunal. 3 homens, copistas (ou escribas) da época são acusados de algo terrível. Um desses homens é Johannes Gutenberg. Para quem não sabe, um pouco sobre o Gutenberg da vida real:
Johannes Gutenberg foi um inventor e gráfico alemão. Sua invenção do tipo mecânico móvel para impressão começou a Revolução da Imprensa e é amplamente considerado o evento mais importante do período moderno. Teve um papel fundamental no desenvolvimento da Renascença, Reforma e na Revolução Científica.Fonte: Wikipedia
O autor usou desse fato para criar o seu personagem fictício, utilizando o mesmo papel que o verdadeiro Gutenberg cumpriu para criar sua trama. O que aparentemente eram fatos isolados, como a heresia de duplicar a Bíblia de forma diferente do que a cópia à mão pelos copistas e a morte das prostitutas, mostram que estão ligados intrinsecamente.
Em uma palavra: fantástico. O ritmo de leitura é lento, confesso, mas tudo é muito envolvente. A ambientação que o autor cria é perfeita, de forma que o leitor realmente é transportado para a época. E os personagens, com suas nuances, esconde muito do leitor. A puta mais puta de todas, Ulva, que dirige o Mosteiro, esconde segredos e é uma personagem muito boa.
Alguns dos capítulos eu descartaria facilmente, vou ser sincera. O autor tem uma forte característica descritiva, que eu entendo que seja necessária em alguns momentos, mas não todos. O mistério das mortes, a sensualidade dos ensinamentos de Ulva às prostitutas mais jovens, e toda a tensão das acusações à Gutenberg, Fust e Petrus são os ingredientes acertados de Andahazi que, reunidos, trouxe para mim uma das melhores e mais inteligentes suspenses do ano.
Em uma palavra: fantástico. O ritmo de leitura é lento, confesso, mas tudo é muito envolvente. A ambientação que o autor cria é perfeita, de forma que o leitor realmente é transportado para a época. E os personagens, com suas nuances, esconde muito do leitor. A puta mais puta de todas, Ulva, que dirige o Mosteiro, esconde segredos e é uma personagem muito boa.
Alguns dos capítulos eu descartaria facilmente, vou ser sincera. O autor tem uma forte característica descritiva, que eu entendo que seja necessária em alguns momentos, mas não todos. O mistério das mortes, a sensualidade dos ensinamentos de Ulva às prostitutas mais jovens, e toda a tensão das acusações à Gutenberg, Fust e Petrus são os ingredientes acertados de Andahazi que, reunidos, trouxe para mim uma das melhores e mais inteligentes suspenses do ano.
como eu não conhecia este livro antes??
ResponderExcluiradoro essa história toda de assassinato, e fiquei super curiosa *-----*
muito mistério envolvido, quero o livro pra ontem hahahaha
a unica coisa que não gosto muito em livros é muita descrição, mas as vezes é necessário né... é uma pena se o autor exagerou demais mesmo =/
você comentou que o autor é argentino e agora eu fiquei pensando: acho que nunca li um livro de autores argentinos ;x
dizem que eles são o país que mais lêem né?
Gostei da Resenha... me fez se interessar nos Prazeres dessa leitura
ResponderExcluirNão conhecia o livro nem o autor e apesar de gostar dessa temática de suspense e ter toda essa questão dos crimes, o fato da narrativa ser mais lenta e muito descritiva sem necessidade em alguns pontos como você comentou, é o que me deixa em dúvida se eu me jogaria nessa leitura ou não.
ResponderExcluirolha um hermano é o autor! verdade, quando eu vi esse livro nos lançamentos, já fiquei com orelha em pé, e pelo visto é tudo que eu esperava. esse suspense, os assassinatos, a sensualidade envolvida e muito bem interligada, é viciante. pela capa, ninguém acha que o livro é tão intenso. rs espero conseguir lê-lo em breve.
ResponderExcluirAinda não tinha lido nada sobre o livro, mas durante a resenha me peguei muito ansiosa para lê-lo. Principalmente porque a trama apresentada por o autor traz duas coisas que eu gosto muito: mistério e suspense. Não sei quando lerei, mas certamente já entrou na minha lista de desejos.
ResponderExcluirBeijos,
Isabelle | http://www.mundodoslivros.com/
O título desse livro é bem sugestivo rsrsrs E dá uma boa ideia do que se trata a história não é?
ResponderExcluirNão sei porque mas essas mortes inexplicadas em um mosteiro (mesmo que não seja em um convencional) me fizeram lembrar de O Nome da Rosa. Será que o final é parecido?
Ah, o fato de terem inserido o Gutemberg no enredo é algo muito legal. Porque para uma estudante que pretende ingressar na universidade, como eu, é de suma importância ler e conseguir ingressar algo histórico no lazer e nos próprios hábitos.
Vi seus comentários no twitter e fiquei louca pelo livro! Eu tenho um certo receio quanto à descrição em excesso, mas se a trama for envolvente, acho que só agrega, né?
ResponderExcluirEspero encontrá-lo em alguma promoção por aí (ou quem sabe solicitar, n´?e hahaha), pois fiquei muito interessada na leitura.
Beijos!
Apesar da trama, a investigação e tudo mais, mas esse livro não me chamou a atenção. Ainda estou com o pé atrás com ele =/
ResponderExcluirGostei da resenha, me deixou mega curiosa quanto ao livro.
ResponderExcluirAinda não conhecia, e pra mim, o título parece passar muita coisa, menos que teriam assassinatos envolvidos, investigação e tal... a parte de terem prostitutas o título passa muito bem! hahaha
Nossa, não sabia desse livro =O
ResponderExcluirEstou desejando-o agora, um suspense com essa qualidade toda? Preciso mesmo!
A trama parece ser ótima mesmo e a capa ficou linda demais.
Achei a trama sensacional, um suspense ótimo que adoraria conhecer. O problema é que tenho dificuldades com histórias ambientadas em séculos passados, não consigo ter uma ligação profunda para me envolver totalmente na leitura. E, sendo uma leitura mais lenta por ser muito descritiva, acho que não seria muito agradável para mim chegar até o final.
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