[Resenha] A Noite Maldita: Crônicas do Fim do Mundo - André Vianco

Título: A Noite Maldita: Crônicas do Fim do Mundo
Autor:  André Vianco

Editora: Novo Século

Páginas: 664
Ano: 2013

Mais informações: Skoob

Sinopse: Quando metade dos seres humanos adormece inexplicavelmente, o que surge é um cenário apocalíptico: prédios em chamas, falta de eletricidade e pessoas desesperadas correndo sem rumo pelas ruas. Nada mais funciona como de costume, e os hospitais ficam lotados com vítimas do que parece ser uma terrível epidemia. Porém, tudo piora quando uma parte dos “adormecidos” desperta com uma sede incontrolável de sangue. Inicia-se então uma guerra de proporções nunca antes registradas, entre humanos e vampiros, naquela que, para sempre, seria chamada de A noite maldita. Ambientado em diversas cidades do Brasil, o livro leva o leitor a um mundo caótico e sombrio, onde a luta pela sobrevivência é constante e qualquer descuido pode ser fatal. Conheça a origem da aclamada saga “O Vampiro-Rei” e descubra como as batalhas entre humanos e vampiros começaram.

“Jessé ergueu a mão inerte do paciente e a balançou como quem cumprimenta.

- Muito prazer, Bispo.”

Com uma escrita fluida e com muitas referências ao livro 'Bento', 'As Crônicas do Fim do Mundo', vem para abalar as estruturas do universo da literatura fantástica. Nesse novo livro os fãs vão encontrar uma narração diferente dos costumeiros roteiros de Vianco, onde nos é apresentado novos pontos de vista de vários personagens que, como eu ou você, poderiam encontrar-se jogado a própria sorte nas grandes cidades do Brasil quando o mundo como conhecemos fosse acabar.  Me lembrando a escrita de George R. R. Martin, das Crônicas de Gelo e Fogo, porém sem perder o carisma dos personagens que só o André Vianco consegue fazer, essa nova aventura é abordada de uma forma que o autor homenageia sua série anterior sem perder o caráter ímpar desse novo enredo.

Em 'Crônicas do Fim do Mundo – A Noite Maldita', temos uma nova visão do juízo final, sem anjos ou intervenções divinas, mas sim com o desencadeamento de uma nova organização na cadeia alimentar e divisão "racial" da Terra, com  homens e vampiros.

A partir de uma noite, doravante denominada "maldita", metade da humanidade não acorda. Dentre os que acordam, pelo menos 10% tornam-se vampiros. Assim começa a narrativa do livro que nos apresenta as primeiras reações da humanidade a essa mudança, contando ao leitor como antigos e queridos personagens do livro Bento, como Francis, Raquel, Ana, Vicente e outros, são apanhados por esse "sono encantado".

Mas Vianco também nos apresenta novos personagens muito bem desenvolvidos, que possuem tanto ou mais apelo que os antigos, personagens tão carismáticos quanto o Sargento Cássio ou a Enfermeira Mallory, que poderiam muito bem ser qualquer um de nós quando a maldita noite chegasse de verdade no nosso mundo. Pessoas que nos mostram o melhor e o pior que a humanidade pode fazer, que nos empolgam e nos fazem chorar, que arriscam suas vidas para salvar os humanos dos vampiros sanguinários...(ou seja, nada de vampiros bonzinhos por aqui, rs).

Olhando por um lado mais técnico esse obra, pude perceber que ela foi muito bem escrita e revisada, a maneira como os fatos são apresentados (1ª noite/1ª manhã – 2ª noite/ 2ª manhã) tornam a localização na linha temporal dos muitos pontos de vistas descritos na Crônica muito tranquila de se situar. Além disso, todo o entrelaçamento das várias histórias dos vários personagens foi executado de uma maneira bem coesa e coerente com a história apresentada na saga 'Bento'.

Como conclusão desse livro, que eu tinha criado tantas expectativas, digo com prazer que não me decepcionei em nenhuma linha. O livro é muito bom, é possível lê-lo sem ter lido 'Bento', apesar de que, na minha opinião, lendo-o primeiro a leitura de As Crônicas do Fim do Mundo vai ser muitoooo mais interessante (tipo na relação Instrumentos Mortais X Peças Infernais, da Cassandra Clare). Dou 5 estrelas para esse livro e se pudesse dava 6 rsrs. Vai ser difícil eu ler qualquer livro esse ano que supere essa fantástica obra do André Vianco.

Obs. da Lygia de pentelha no post alheio [parte 2]: Essa resenha foi editada por conter excesso de fanboylismo? Fanboyzismo (sugestão da Lívia) ?(????) Existe fangirlismo...como seria o contrário disso? (porque fanboylismo é TENSO ¬¬) Contem pra mim! ><. Editado: procurei no google e a Lívia estava certa, fanboyzismo existe e é o correto! o/ Tá, minhas observações são inúteis, prometo que é a última vez que faço isso! XD

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