[Resenha] O Lado Bom da Vida - Matthew Quick

Título: O Lado Bom da Vida
Autor: Matthew Quick

Editora: Intrínseca

Páginas: 256
Ano: 2013

Mais informações: Skoob

Sinopse: Pat Peoples, um ex-professor de história, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados". Com seu pai se recusando a falar com ele, sua esposa negando-se a aceitar revê-lo e seus amigos evitando comentar o que aconteceu antes de sua internação, Pat, agora um viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida. À medida que seu passado aos poucos ressurge em sua memória, Pat começa a entender que "é melhor ser gentil que ter razão" e faz dessa convicção sua meta. Tendo a seu lado o excêntrico (mas competente) psiquiatra Dr. Patel e Tiffany, a irmã viúva de seu melhor amigo, Pat descobrirá que nem todos os finais são felizes, mas que sempre vale a pena tentar mais uma vez.

Me interessei pela leitura desse livro apenas por um motivo: indicações ao Oscar. Mal sabia sobre o que se tratava a história, confesso, mas por 24,90 nas livrarias, achei que valeria a pena comprá-lo e lê-lo antes de assistir ao filme estrelado pela Jennifer Lawrence e Bradley Cooper.

Pat é "resgatado" do hospital psiquiátrico (vulgo "lugar ruim" a que se refere o livro todo) pela mãe para voltar a morar em casa com ela e seu pai. Ele não tem noção de quanto tempo se passou na sua "ausência", sabe que algo aconteceu para estar lá e tudo o que mais quer é ser gentil para ter a sua esposa Nikki de volta. Ele acredita que sendo gentil o suficiente, o tempo "separados" terá um fim e eles poderão, então, ser felizes novamente.

O que Pat não prevê é que ninguém quer falar de Nikki. Ele está proibido de tentar encontrá-la e não sabe porque a mulher não foi o visitar durante esse período, que acredita ser meses, mas estranhamente todos ao seu redor citam 3, 4 anos e isso lhe incomoda bastante. Os dias passam de forma difícil, com certos acidentes, mas ele quer de qualquer forma tornar-se a pessoa que trará Nikki de volta. No meio da sua adaptação à vida familiar, Pat é convidado por Ronnie para um jantar. Lá conhece Tiffany, irmã viúva da esposa do seu amigo, e o encontro dos dois não deixa de ser estranho e louco.

A partir daí é formada a amizade entre os dois e superação é a palavra-chave. Relutante no início com a presença meio estranha de Tiffany em sua vida, eles concordam em em ajudar um ao outro, de forma a  atingir os seus objetivos. Com altos e baixos, o livro mescla o drama até certo ponto cômico. Como muitos leitores disseram, a história não segue um ritmo linear, mas não senti muito incômodo nesse estilo de narrativa. Algo que me incomodou bastante foi o excesso de descrição dos jogos de futebol americano - item que, de certa forma, une a família de Pat. Vários trechos relacionados à isso foram desnecessários.

Outro ponto que merece destaque é a relação de Pat com o seu psiquiatra. Ficava ansiosa por cenas entre os dois, e algumas perspectivas deturpadas de Pat sobre os acontecimentos. Achei genial.

PEQUENO COMENTÁRIO SOBRE O FILME:

Assisti ao filme alguns dias depois da leitura. Houveram MUITAS adaptações, que de forma geral, não ficaram ruins, mas que fez perder um pouco da essência do livro. Acho Jennifer uma excelente atriz, mas ela não é a minha Tiffany. O filme passa aquela sensação mais cômica do que dramática, e sinceramente, não deve levar o Oscar.