[Resenha] Anna e o Beijo Francês - Stephanie Perkins

Título: Anna e o Beijo Francês

Autora: Stephanie Perkins

Editora: Novo Conceito

Páginas: 288
Mais informações: Skoob

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Sinopse: Anna Oliphant não está nada entusiasmada com a ideia de se mudar para Paris. Porém, seu pai, um famoso escritor norte-americano, decidiu enviá-la para um colégio interno na Cidade Luz. Anna prefere ficar em Atlanta, onde tem um bom emprego, sua fiel melhor amiga e um namoro prestes a acontecer. Mas, ao chegar a Paris, ela conhece Étienne St. Clair, um rapaz inteligente, charmoso e bonito, que além de muitas qualidades, tem uma namorada... Anna e Étienne se aproximam e as coisas ficam mais complicadas. Será que um ano inteiro de desencontros em Paris terminará com o esperado beijo francês? Ou certas coisas simplesmente não estão destinadas a acontecer?

"Sinto falta de Paris, mas lá não é minha casa. É mais algo do tipo sentir falta... disso. Desse calor pelo telefone. É possível que lar seja uma pessoa e não um lugar? Bridge costumava ser meu lar. Talvez St. Clair seja meu novo lar". (pág 195)

Muitas garotas adorariam que seus pais as mandassem estudar na França, mas não Anna, que adora sua vida em Atlanta e não quer ficar longe da sua mãe, de seu irmão e da sua melhor amiga Bridgette, também teria que abandonar não só o emprego que adora em um cinema, como também Toph, o garoto com quem está ficando.

Quando chega em Paris, mas precisamente na School of America in Paris, depois de organizar seu quarto e se ver completamente sozinha em um país desconhecido, pensa nas dificuldades que terá e desaba chorar. E é assim que Anna conhece Meredith, sua vizinha de quarto, que quando escuta o choro vai consolá-la. Logo, ela é apresentada a Rashimi, Josh e Étienne St. Clair, o grupo de amigos de sua vizinha e se junta a eles.

De cara, Anna fica encantada por St. Clair, mas além de ele ter uma namorada de anos, chamada Ellie (que já está na faculdade), ela percebe que Meredith também tem um interesse por ele. Assim, a protagonista tenta esquecer esse encantamento e torna-se melhor amiga de Étienne, dificultando esse processo. Mas há o Toph e ela se agarra à ideia de que em breve, vai encontrá-lo e continuarão a história deles de onde pararam.

Assim, acompanhamos as mudanças na vida da protagonista. E são muitas. Várias relacionadas à mudança de endereço, como: a adequação à cultura diferente, o fato de ter que se virar sozinha e fazer novos amigos; e outras de autoconhecimento e amadurecimento.

"Anna e o Beijo Francês" é um livro leve, divertido e delicioso de ser lido. Do tipo que você não consegue largar enquanto não termina a leitura e, depois, entra pra sua lista de livros mais fofos do universo.

É maravilhoso embarcar com Anna para Paris e vivenciar com ela suas novas experiências. Eu, que sou louca para conhecer a cidade, adorei todas as descrições de pontos turísticos visitados por ela e, pretendo um dia conhecer todos (como fez a Mari Frioli, já viram o post dela?). 

Anna é uma adolescente bem típica, destas que encontramos nas ruas, na família e que muitas de nós éramos e outras ainda são. Com problemas, incertezas, medos, inseguranças, etc. E de quebra, ainda tem uma família "problemática". A velha história de pais separados e, além disso, seu pai é um escritor de bestsellers trágicos (cof cof Nicholas Sparks cof cof) e ela não sente muito orgulho disso.

Apesar de amar Nicholas Sparks e suas histórias, achei Stephanie Perkins bem corajosa, por criticar um autor tão famoso em seu livro. Já percebi um certo pré-conceito ao livro por este fato, mas cada um tem a sua opinião e isso não interferiu em nada na minha leitura, achei até engraçado.

St. Clair é um FOFO. Sim, com letras maiúsculas. Claro, também é lindo, inteligente e tem um sotaque irresistível, características que fazem com que quase todas as garotas da escola suspirem por ele. Tá, ele não é perfeito, ele se acomoda com situações que o entristecem e não luta para mudar isso (eu super me identifico). 

Os pontos negativos do livro ficam por conta dos erros de revisão (narrações e falas misturadas) e tradução (deixaram de traduzir coisas óbvias e traduziram outras erradas ou que não fazem sentido em português. Várias expressões e gírias me deixaram com cara de tacho, pois não faziam o menor sentido). Porém, dá para relevar, são apenas detalhes. 

Enfim, o livro utiliza uma fórmula bem batida, não espere nada inovador. Mas, se você gosta de sonhar (quem não gosta?) vai amar. É uma história totalmente possível de acontecer na vida real, com qualquer um. Leitura recomendadíssima!