[Resenha] Perdida - Carina Rissi

Título: Perdida - Um amor que ultrapassa as barreiras do tempo
Autor:  Carina Rissi

Editora: Baraúna

Páginas:472
Ano: 2011

Mais informações: Skoob

Onde comprar: Saraiva | Livraria Sem Fronteiras | Siciliano

História de aquisição do livro: Estava navegando em algum blog (não me lembro qual no momento), e vi a propaganda de que o livro estava saindo por 4 reais na Amazon, no formato digital. Fiquei tão contente! Já havia lido algumas críticas positivas, mas não muitas. Resolvi arriscar e nos 2 dias seguintes, não toquei em nenhum livro físico, pois não conseguia desgrudar de 'Perdida'.

Sinopse: Sofia vive em uma metrópole, está habituada com a modernidade e as facilidades que isto lhe proporciona. Ela é independente e tem pavor a menção da palavra casamento. Os únicos romances em sua vida são os que os livros lhe proporcionam. Mas tudo isso muda depois que ela se vê em uma complicada condição. Após comprar um novo aparelho celular, algo misterioso acontece e Sofia descobre que está perdida no século XIX, sem ter ideia de como ou se voltará. Ela é acolhida pela família Clarke, enquanto tenta desesperadamente encontrar um meio de voltar para casa. Com a ajuda de prestativo Ian, Sofia embarca numa procura as cegas e acaba encontrando algumas pistas que talvez possam levá-la de volta para casa. O que ela não sabia era que seu coração tinha outros planos...

"Mas então eu te conheci e me conheci melhor. Descobri que queria sim, queria muito estar loucamente apaixonada."

Conheça Sofia: trabalhadora, prática e acostumada com a vida confortável que a vida moderna proporciona. Música, computador, celular, barzinhos e diversão moderada (sua amiga Nina afirma que ela tem que dar um up em sua vida social): esses são apenas alguns dos itens que não podem faltar em sua vida.  Sua vida amorosa é um pequeno desastre em meio aos demais itens, mas ela convive com isso relativamente bem. Ela nem imagina que isso está prestes a mudar. Um pequeno acidente envolvendo seu celular e um vaso sanitário acaba obrigando-a comprar um novo. O que ela nem pode sonhar é que a função do pequeno novo aparelho está muito além do que fazer ligações e reproduzir músicas.

Após a 1ª tentativa de colocar o aparelhinho para funcionar, de forma surreal e inacreditável, Sofia se vê em um local desconhecido. Em um instante ela está  numa praça da sua cidade, no outro, ela está em um lugar aberto, sem prédios, sem ruas...e cadê a praça? As únicas coisas que Sofia possui no momento é sua roupa do corpo (incluindo um par de All-Star vermelho), sua bolsa, o pequeno aparelho celular e um galo na cabeça. Em poucos minutos ela avista um homem em seu cavalo, que corre para socorrê-la. Esse momento mudará a vida de Sofia para sempre. Ian Clarke demonstra ser o perfeito príncipe, preocupado e atencioso, idêntico aos homens sobre os quais Sofia costuma ler em romances históricos. Ele a leva para sua casa, para ser analisada por um médico local, pois, a mesma aparenta estar desorientada. Mas além disso, algo dentro de Ian é acordado. Que criatura é aquela que, do nada, com suas saias extremamente inadequadas para uma dama, tem o poder de balançar a sua estrutura e derreter seu coração?

Esse é o ponto de partida da história. Sofia descobre que está presa no século XIX e tudo, aparentemente, faz parte de um plano da vendedora que lhe indicou o celular a ser comprado na loja. Esporadicamente, tudo o que Sofia recebe são mensagens sobre uma missão, que de acordo com a tal vendedora, ela deve completar para dar um rumo na sua vida, e na sua história. Mas tudo o que Sofia quer é voltar para casa...ela sente-se apenas...perdida. E outra: quem, em sã consciência, iria acreditar nessa história doida, quando ela mesma não compreende?

Gente! Que história gostosa de ser lida.Carina arrasa nas descrições, diálogos e na narrativa. É até difícil classificar a história entre um romance histórico e chick-lit. A protagonista é engraçada, divertida e espanta a todos com seu jeito espevitado e estranho (aos olhos dos demais) de ser. A autora teve o cuidado de caracterizar os personagens do século XIX como tal, seja nos diálogos ou na descrição das suas vestimentas. Me senti dentro da narrativa e totalmente envolvida no desenrolar dos fatos, super curiosa pra saber o que iria acontecer: Sofia ficaria presa no século XIX e teria que se adaptar? Mas como viver sem um banheiro? E o que falar dos espartilhos e vestidos? Mas se conseguisse voltar para seu tempo, como iria se acostumar a viver sem Ian,  presença constante agora na sua vida?

Nada do que eu escreva será bom o suficiente. Recomendo esse romance delicioso de ser lido. Divirta-se com Perdida - Um amor que ultrapassa as barreiras do tempo.

"Juntei coragem e fechei a porta, amaldiçoando aquela vendedora macumbeira por não me mandar para algum lugar que pelo menos tivesse banheiros decentes. Porque ela tinha que ser uma bruxa, já que podia fazer uma garota ir para o século passado. 
Dois séculos passados, na verdade."